Título: A guerra Que Salvou a Minha Vida
Autora: Kimberly
Editora: DarkSide Books
Nº de págs.: 233
Ano: 2017
SINOPSE:
A Guerra que Salvou a Minha Vida” é um daqueles romances que você lê com um nó no peito, sorrisos no rosto e – entre um parágrafo e outro – lagrimas nos olhos. Uma obra sobre as muitas batalhas que precisamos vencer para conquistar nosso lugar no mundo. Ada tem dez anos (ao menos é o que ela acha). A menina nunca saiu de casa, para não envergonhar a mãe na frente dos outros. Da janela, vê o irmão brincar, correr, pular – coisas que qualquer criança sabe fazer. Qualquer criança que não tenha nascido com um “pé torto” como o seu. Trancada num apartamento, Ada cuida da casa e do irmão sozinha, além de ter que escapar dos maus-tratos diários que sofre da mãe. Ainda bem que há uma guerra se aproximando. Os possíveis bombardeios de Hitler são a oportunidade perfeita para Ada e o caçula Jamie deixarem Londres e partirem para o interior, em busca de uma vida melhor. Combinando a ternura de Em Algum Lugar Nas Estrelas, outro título da coleção DarkLove, com a realidade angustiante de O Diário de Anne Frank, A Guerra que Salvou a Minha Vida apresenta uma perspectiva da Segunda Guerra Mundial vista pelos olhos de uma menina que se transforma em refugiada no seu próprio país. Mais uma oportunidade perfeita para emocionar corações de todas as idades e relembrar os valores do companheirismo e da amizade em todos os momentos da nossa vida. Vencedor do Newbery Honor Award, primeiro lugar na lista dos mais vendidos do New York Times e adotado em diversas escolas nos Estados Unidos.
“Dolorosamente adorável.” – The Wall Street Journal
RESENHA:
O livro conta a história de Ada, uma menina de dez anos, que vive com seu irmão Jaime ( de 6 anos) e sua mãe, sendo maltratada pela mesma por ter nascido com um pé torto.
A mãe de ada não aceita a deficiência da filha e por isso á deixa trancada em casa, muita das vezes sem comida e sem acesso a sociedade maltratando-a fisicamente e psicologicamente, enquanto seu irmão pode sair e brincar normalmente.
Graças a Segunda Guerra Mundial, Ada e seu irmão conseguem fugir junto com as crianças evacuadas.
Então, eles conhecem Suzan, uma solteirona sem filhos que mora sozinha e os acolhe.
À parti daí, Ada e Jaime começam à se integrar na sociedade.
Para Jaime estava sendo difícil a nova fase, pois era muito apegado a mãe queria o tempo todo voltar para casa, mas para Ada, estava sendo um alívio viver longe dos maus tratos da mãe, pois lá ela poderia ser livre para sair e andar, mesmo que fossem de muletas.
Os dois estavam conhecendo um mundo novo e coisas que eles jamais viram, tudo era novidade para eles.
Ada logo se apaixonou por um pônei de Suzan, chamado Manteiga, daí aprendeu a logo a galopar.
Já a paixão de Jaime, eram os aviões que aterrizavam na pista de pouso em frente a casa de Suzan, onde logo fez amizade com os pilotos.
Suzan era uma mulher boa de uma "paciência de Jó", considerando as birras em alguns momentos das duas crianças, e foi muito bacana como os personagens foram amadurecendo durante a trama e aprendendo uns com os outros, principalmente Ada, que chegou insegura, orgulhooooosa, medrosa e foi aprendendo através de Suzan e da sua própria força de vontade que poderia ser útil, que não era uma imprestável como dizia sua mãe.
Devo confessar que sempre odiei a disciplina de História no Colégio, principalmente quando se tratava de 1ª e 2ª Guerra Mundial, mas depois que passei a ler livros, me apaixonei e já tenho mais de 10 livros nessa temática.
e o que eu mais gostei nesse livro em relação a Guerra é que ele demonstra os cenários de uma forma leve, como no momento dos bombardeios, os aviões, os abrigos sem aquelas cenas fortes que deixam a leitura pesada. Até a própria Ada teve participação ajudando os soldados feridos.
Apesar de ser uma história um pouco triste devido a guerra e os maus tratos , é uma narração com uma linguagem bem humorada da personagem Ada, que me arrancou várias risadas devido a sua pureza e inocência em relação as coisas que ela desconhecia.
Separei alguns quotes para vocês do que estou me referindo:
" Fomos a uma casa de chá, que era um lugar cheio de mesas onde se compravam coisas para comer e beber...
"Senhorita," sussurrei ao me sentar, "por que as mesa tem cobertor?"
"São toalhas de mesa. Para deixá-las mais bonitas."
Ora pensei. Que coisa, vestir as mesas. Que coisa gastar tecidos para vestir as mesas."
"Era como se chamavam os bancos da igreja. Assentos. o Jaime achou a palavra engraçada. passou a semana seguinte inteira tapando o nariz e dizendo " me assento" toda vez que ia se sentar."
" tentei pular a mureta de pedras do pasto do Manteiga...Ele chegou mais perto, então cravou os pés no chão. Ele parou. mas eu continuei. Voei por cima das orelhas dele. Por pouco não dei de cara no muro."
Ada no fundo, no fundo, tinha esperança de operar seu pé e sua mãe aceita-la e ama-la, porém, apesar de ser uma garota determinada, destemida e forte tiverem momentos em que foi impossível conter as lágrimas.
Esse livro me tocou profundamente, pois só sabe a dor da rejeição, quem de alguma forma já passou por ela.
A Guerra Que salvou a Minha Vida, um livro onde a Guerra é vista pelos olhos de uma menina de apenas onze anos, uma história de amor, carinho, superação, autoaceitação e construção familiar com um final lindo.
As edições da Dakside Books, são sempre um arraso, e isso faz toda a diferença deixando tudo visivelmente lindo, realmente um convite à colecionadores. Aqui no Brasil, ainda não conheço edições tão lindas quanto as da Dark.
Saraiva Amazon Submarino Livraria Cultura
Bjus e até a próxima resenha!!!